Quando nos identificamos com alguma pessoa, uma das primeiras características que nos chama a atenção é a personalidade dela, valorizando se suas atitudes se conectam com as nossas e se seu posicionamento é, de alguma forma, semelhante ao nosso. Pois bem, o mesmo vale para uma marca e, por sinal, hoje mais do que nunca.
Mais que apenas um slogan bonito, posicionar sua empresa é definir quem é seu cliente e de que forma sua marca se relaciona com ele. Isso é fator predominante na hora de definir quão importante ela será na vida desta pessoa e fará com que ela seja realmente lembrada.
Afinal, como dito por Philip Kotler — conhecido como o “pai do marketing” — o posicionamento é uma promessa da marca para o cliente a fim de ganhar não só o coração dele, mas também a mente. Portanto, conheça alguns pontos importantes sobre o posicionamento de marca:
Alinhe-se com a personalidade de seu público
Antes de tudo, é preciso entender quem é seu público-alvo, para que, só então, se comece a comunicar com ele e igual a ele.
Isso envolve diferentes aspectos, como o tom de voz, o linguajar adotado, a abordagem e os valores da empresa. A definição destes aspectos não depende apenas de qual segmento sua empresa está, mas também de como você deseja que ela seja vista pelo público.
Um exemplo de marca que se comunica bem com seu público é a brasileira de roupas streetwear Baw, que, em suas redes sociais, se relaciona com seu público, majoritariamente jovem e adepto à moda urbana, de forma descontraída e usando o linguajar do meio, para que se aproxime de suas realidades e crie uma conexão real.
O segmento de luxo também é bem forte nisto, adotando uma comunicação que ressalta o privilégio de quem consome seus produtos e atrai repertório para os detalhes trabalhados de cada uma de suas peças, como é o caso da marca romeno-brasileira Vivara.
Adote o posicionamento de marca mais adequado
Existem diferentes maneiras de se posicionar, tanto na comunicação publicitária quanto em redes sociais, destacando aqui quatro tipos de posicionamentos: categórico, específico, contracorrente e social, sendo este último passível de muitos frutos quando bem utilizado. Explicando cada um:
Posicionamento categórico
Este é o tipo quando a marca procura se tornar referência em determinado segmento, se colocando como especialista em um assunto, e até como a melhor opção de consumo em comparação com sua concorrência.
Um bom exemplo disto está nos comerciais da marca de higiene Dove:
Posicionamento específico
Este, como o nome sugere, foca a comunicação em um fator dominante específico que torna o produto/serviço em algo exclusivo no mercado.
Para isso, podem ser usadas diversas questões, como preço, qualidade, modernidade ou até fatores sentimentais que a concorrência não têm, como o que foi utilizado pelo streaming da Disney, que, ao chegar no Brasil, recorreu ao seu forte senso de nostalgia, para vender a programação exclusiva de sua plataforma:
Posicionamento contracorrente
Neste caso, a marca foca em evidenciar a diferença que seu produto/serviço tem com relação a seus concorrentes. Esta é a estratégia de “atacar” um inimigo em comum com o público, ou seja, adotar uma dor desta pessoa e oferecê-la a solução.
Isto é muito utilizado pelos bancos digitais, que, dentre outras questões, oferecem um serviço quase igual ao dos bancos tradicionais, mas trazendo mais conforto e praticidade para os processos — algo que atraiu, principalmente, as novas gerações.
Posicionamento social
Já esta estratégia é caracterizada por um posicionamento onde a marca adota uma causa social e levanta a importância desta em sua comunicação, visando não apenas se conectar com o público, mas também passar uma mensagem de respeito e empatia.
A marca de cosméticos O Boticário é uma que se posiciona com relação a pautas sociais. Algo que, por um lado, a torna vítima de de ataques de críticos contrários à estas mensagens, mas que, por outro lado, faz com que a empresa seja ainda mais respeitada e optada pelo público geral.
O que nos leva ao próximo tópico:
Sinceridade também vende
Segundo um estudo divulgado pela Accenture, 83% dos brasileiros têm preferência por marcas alinhadas aos seus ideais. Um grande ponto a favor, que pode tornar uma marca mais valorizada, mas que também pode ser um passo em falso quando esta comunicação não é sincera e realmente inclusiva.
Não pense que o público não é capaz de identificar as reais intenções de uma mensagem. O marketing passou por diversas evoluções nos últimos anos, fazendo com que o mercado precisasse se reestruturar e se readaptar às novas necessidades sociais, exigindo com que empresas encontrassem novas formas de se conectar com seu público.
Porque, no fim das contas, buscar entender o público e se preocupar de verdade com suas dores e vontades é apenas a ponta de um iceberg que você pode esculpir a seu gosto com o posicionamento de marca apropriado.
Quer saber mais? Leia sobre este e outros temas em nosso blog.