Você muito provavelmente já ouviu falar do Metaverso, o universo virtual criado pelo Facebook – atualmente Meta – que permite viver novas experiências em uma realidade inteiramente tridimensional. E não é exagero algum se dizer que ele é um verdadeiro universo, afinal, além do próprio termo ser originado das palavras gregas para “além” (meta) e “verso” (universo), esse novo mundo se mostrou ser bem mais que apenas um espaço virtual, mas um sonho tecnológico que se tornou realidade.
“Viver é melhor que sonhar”, já cantava Belchior, nos anos 70, épocas antes dos lançamentos de algumas das obras que já traziam o ideal de realizar esse futuro onde a tecnologia poderia se integrar com a vida real, como foi com o sucesso de bilheterias Tron – Uma Odisseia Eletrônica (1982), que contava a história de um universo inteiramente eletrônico onde se podia viver aventuras.
Décadas se passaram e o que eram apenas narrativas de ficção científica viraram realidade, fazendo com que o sonhar e o viver se tornassem, finalmente, sinônimos. Mas, antes de tudo, é importante entender o que é, de fato, essa empreitada inovadora e que, ao contrário do que muitos podem pensar, não começou com o Mark Zuckerberg.
O que é um metaverso?
Na prática, ele é “simplesmente” uma junção das tecnologias de RV (Realidade Virtual) com as de RA (Realidade Aumentada), sendo uma responsável por levar você a um novo ambiente e a outra por complementar o mundo real, respectivamente.
De forma resumida, a RV é uma experiência que permite a imersão do usuário em um ambiente 3D. Se você já teve a oportunidade de experimentar algum dos óculos de RV que ao colocar na cabeça se consegue ver projeções gráficas – como fazia o Oculus Rift, um dos primeiros dispositivos físicos de metaversos – já sabe do quê estou falando aqui.
Se não, confira abaixo um dos trailers de divulgação para essa tecnologia em PlayStation:
Já a tecnologia do RA é um pouco mais voltada para a realidade mesmo, já que ela transporta elementos da vida virtual para a vida real, como acontece no Pokémon Go (imagem abaixo) – um dos jogos de celular de maior sucesso de downloads na última década –, que integrado à câmera do celular, proporciona a experiência de poder encontrar e capturar pokémons em localizações cotidianas reais.
Ascensão no mercado
O Metaverso da Meta é inspirado em o que é considerado o primeiro universo virtual na era da internet: o jogo Second Life. Sucesso que atraiu milhares de usuários ao redor do mundo numa época em que a internet não era tão difundida como é hoje.
O jogo permitia que você se visse num ambiente totalmente gráfico com pessoas reais e em tempo real. Atraiu muita gente e parecia perfeito à época, e por muito tempo foi, mas acabou pecando justamente por não dispor de um dos principais atrativos do Metaverso: a oportunidade de lucro.
Totalmente diferente de sua inspiração, que não oferecia formas de lucrar com a plataforma, por ter a intenção de ser apenas um passatempo, o Metaverso enxergou neste mundo a oportunidade de ser mais que apenas uma diversão, podendo ser também uma valiosa fonte de lucro e, quem sabe, uma forma de revolucionar o trabalho na era digital.
Como essa tecnologia já pode ser utilizada
O Metaverso já vem sendo amplamente utilizado para diferentes propósitos e públicos, como para a criação de entretenimento imersivo, através de apresentações musicais de artistas renomados dentro destes ambientes virtuais, como o Fortnite que já recebeu shows tridimensionais de Ariana Grande e Emicida, além de seu concorrente Roblox que virou assunto com seu show do cantor Lil Nas X.
Outra utilidade já bastante difundida é no trabalho remoto, através de ferramentas como Microsoft Mesh e Facebook Horizon, que propõem dar um upgrade na rotina tradicional de trabalho remoto para dar uma cara mais virtual através da realidade aumentada. O Ensino à Distância também pode ser muito beneficiado com tudo isso, já que a sala de aula real pode ser substituída por uma virtual. E isso pode até soar esquisito ou coisa de roteiro de filme de terror científico, mas também se mostra uma ótima alternativa para que aulas mais imersivas sejam lecionadas, podendo “levar” os alunos para a Grécia Antiga, através de uma simulação de cenário imersivo ao ensiná-los História, por exemplo.
Além desses, o marketing, claramente, não ficaria de fora, com muitas marcas realizando esforços para também deixarem sua marca neste território ainda pouco desbravado. Nomes como Nike já têm seus próprios universos virtuais em jogos como o Roblox, a grife Burberry que criou suas vestimentas virtuais no mundo de Blankos Block Party, e a ação de apostas em corrida de cavalos virtuais da Stella Artois no universo de Zed Run.
Metaverso no mercado imobiliário e expectativas para o futuro
Sim, por mais inesperado que possa parecer, os metaversos também já são realidade no mercado imobiliário.
Segundo dados da MetaMetric Solutions, as vendas de imóveis virtuais em plataformas de metaverso atingiram a impressionante marca de US$ 501 milhões só ano de 2021. Muito disso se dá por conta também da ascensão das criptomoedas e das NFTs, já que apenas através destas moedas de toca que se pode realizar uma troca de imóveis digitais.
Até mesmo empresas multinacionais, como JP Morgan, HSBC e Samsung já compraram terrenos virtuais que pretendem desenvolver para fins diversos. Portanto, já se pode considerar que os imóveis virtuais se tornaram realidade neste nosso mundo em que o real e o virtual são cada vez menos antônimos.
Com o Metaverso do Facebook e outros universos sendo desenvolvidos, nós estamos fazendo a transição de uma visão 2D do mundo para a vivência dele em 3D e talvez até 4D.
E de acordo com pesquisa do Kantar Ibope Media, 6% dos brasileiros conectados na internet já estão em alguma versão de metaverso, ou seja, cerca de 4,9 milhões de pessoas. A previsão é de que, até 2026, um em cada quatro usuários de internet no mundo gastará ao menos 1 hora por dia nesses mundos virtuais, com prospecção de que aumente cada vez mais.
E você? Já se preparou para essa nova realidade? Entre em contato com a gente, que nós te ajudamos com isso!